Morador do RS cai em golpe e perde R$ 10 mil ao acreditar estar ajudando o filho a pagar boleto; 3 pessoas foram presas no esquema
10/12/2025
(Foto: Reprodução) Morador do RS cai em golpe e perde R$ 10 mil ao acreditar estar ajudando o filho a pagar boleto; pessoas foram presas no esquema
Polícia Civil/Divulgação
A Polícia Civil do Rio Grande do Sul prendeu em Goiás, durante operação nesta quarta-feira (10), três pessoas suspeitas de aplicar o golpe do "falso familiar" – o caso começou a ser investigado depois que um morador do RS perdeu mais de R$ 10 mil ao acreditar que estava ajudando o filho a pagar um boleto. As identidades dos presos e da vítima não foram divulgadas.
No total, a polícia gaúcha cumpre nove mandados de prisão temporária, 20 de busca e apreensão e nove de bloqueios de contas bancárias em GO.
De acordo com a delegada Luciane Bertoletti, responsável pela investigação, os criminosos se passavam por familiares (geralmente filhos ou sobrinhos) alegando uma emergência financeira urgente (como um carro quebrado ou uma conta bloqueada) para induzir as vítimas a realizar transferências imediatas.
"O inquérito foi impulsionado pela perda de R$ 10.135,00 por um morador gaúcho que acreditou estar socorrendo o filho. [O estelionatário] disse que estava em dificuldade financeira e precisava pagar um boleto", conta a delegada Luciane.
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Para chegar até os suspeitos, a Polícia Civil investigou o caso por um ano. Foram identificados:
Responsáveis pelo contato inicial com as vítimas
Primeiros destinatários das transferências
Encarregados de pulverizar o dinheiro
Titulares de contas em fintechs que davam aparência de legitimidade às transações
Segundo a Polícia Civil, o dinheiro retirado das vítimas percorria ao menos sete contas de suspeitos de participação no esquema, "sendo rapidamente pulverizado para dificultar a recuperação e a identificação dos operadores finais".
"[Havia] uso sistemático de boletos bancários emitidos por plataformas digitais e a concentração de transações em contas do tipo carteira digital (...) Conseguimos não apenas prender os executores do golpe, mas atacar a estrutura financeira que dava sustentação a esta sofisticada rede interestadual, protegendo milhares de cidadãos vulneráveis", diz a delegada Luciane.
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