Mulher que confessou assassinato de ex-companheiro e alegou legítima defesa é presa no RS
12/07/2025
(Foto: Reprodução) Caso aconteceu em junho deste ano. Provas reunidas durante investigação da Polícia Civil indicam que versão apresentada pela mulher não foi a do que realmente aconteceu. Delegacia de Polícia de Igrejinha
Divulgação/ Polícia Civil
A mulher investigada pela Polícia Civil por ter matado o ex-companheiro a facadas em Igrejinha, cidade da Região dos Vales do Rio Grande do Sul, foi presa preventivamente na sexta-feira (11) em Capão da Canoa, no Litoral do estado. O nome da vítima é Micael Douglas, de 28 anos.
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Nicole Machado, de 29 anos, alegava legítima defesa, mas, de acordo com a Polícia Civil, "a versão apresentada [por ela] não condiz com as provas reunidas pela investigação".
Conforme o delegado Fábio Idalgo Peres, responsável pela investigação, os laudos feitos pelo Instituto-Geral de Perícias (IGP) no corpo da vítima indicaram que a morte decorreu de "múltiplos golpes de faca na região torácica".
A defesa da mulher afirma que analisa a documentação da polícia que serviu de base para a Justiça decretar a prisão preventiva dela.
Sobre o caso
Em 10 de junho, Nicole contou em depoimento à Polícia Civil que passou a tarde com Douglas e foi até a casa dele à noite. Ainda durante à noite, os dois teriam começado a discutir e houve agressões físicas. Segundo a mulher, a discussão teve início quando Douglas pegou o telefone dela e ameaçou divulgar fotos íntimas. Ela conta que foi agredida e ameaçada de morte.
"Foi tudo muito rápido, ele começou a me sufocar e eu peguei uma faca que estava embaixo do travesseiro dele e me salvei", disse ela.
No outro dia, Nicole se apresentou na delegacia, acompanhada de um advogado, e contou a sua versão do que havia acontecido. Até então, ela respondia pelo crime em liberdade.
Dias após o crime, ela gravou um vídeo em que alegava ter agido por legítima defesa. A família do homem contestou a versão da ex-namorada e realizou protestos em Igrejinha para cobrar celeridade na resolução do caso.
Micael Douglas foi sepultado no Cemitério Municipal de Taquara, em 11 de junho.
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